Na sessão ordinária desta quinta-feira (26/10), o vereador Vinícius Aith (PRTB) fez a acusação na tribuna da Câmara Municipal, de que eu teria indicado meus parentes para trabalharem no mandato do ex-deputado Raul Marcelo (PSOL). A acusação dele é uma resposta à nossa representação ao Ministério Público, que pede a extinção de cargos de comissão no governo Rodrigo Manga (Republicanos) e demonstra a ligação entre os cargos assumidos e alguns vereadores.
Para tentar me igualar a eles, o vereador usa o fato de o meu cunhado, Rodrigo Chizolini, ter sido assessor no mandato do ex-deputado Raul Marcelo, assim como a minha irmã, sugerindo na tribuna que “eu os indiquei”.
Primeiro, convém esclarecer que tenho muito orgulho de ter na minha família militantes que dedicam sua energia à luta política dos trabalhadores. Diferentemente do Aith, que nunca foi um trabalhador, nós crescemos na periferia e sentimos na pele a exclusão de uma cidade que abandona a sua população: na nossa infância, nosso bairro na zona norte de Sorocaba não tinha pavimento, havia poucos pontos de iluminação e aparelhos públicos. Por isso, desde muito novos, eu e minha irmã começamos a militância política no movimento estudantil, lutando por outro modelo de cidade.
Nossa luta política trouxe conquistas. Em 2000, quando Aith tinha apenas um ano de idade, elegemos Raul Marcelo vereador, ainda pelo PT. Assim que iniciou o mandato, eu e Rodrigo Chizolini fizemos parte da assessoria do mandato. Minha irmã, mesmo não integrando o mandato, sempre teve atuação política. Anos mais tarde, em 2015, ela também integrou a equipe – já na legislatura de deputado estadual.
Na ansiedade de tentar me atacar, Aith sequer checou informações simples. Aliás, investigação não é o ponto forte deste vereador: além de nunca questionar o prefeito, ele já está na sua quarta CPI e jamais trouxe algo de relevante.
Todos esses eventos que ele aponta aconteceram antes de eu ser eleita vereadora em Sorocaba, o que só ocorreu no ano de 2016. Rodrigo Chizolini nem tinha parentesco comigo. Ele só se tornou meu cunhado em 2017, quando se casou com a minha irmã. Portanto, a suposta ideia de uma barganha política, que ele insinuou na tribuna, não passa de um mero devaneio de sua mentalidade fértil.
Aith precisa entender que nem todos se comportam como ele na política. Talvez, no ambiente que ele frequenta, esse tipo de prática seja normal. Para nós, não. Enquanto ele age como um segurança do prefeito, nós fazemos nosso trabalho de fiscalização.
Por isso, mesmo com as agressões e denúncias infundadas, tentando atacar pela segunda vez a minha família, nós não vamos parar o trabalho. Em breve, o Tribunal de Justiça deverá dar a sentença da ação contra os 542 cargos comissionados do governo Manga, que se originou a partir da nossa representação no Conselho Superior do MP. Além disso, também vamos continuar a fiscalização contra os escândalos de corrupção do governo Manga – mesmo com o vereador tentando impedir a nossa participação na CPI sobre os contratos com a família Hial.
