Vereadora quer saber por que kits de uniformes ainda não foram entregues

Fernanda Garcia envia requerimento à Prefeitura de Sorocaba após denúncias de atraso e má qualidade dos kits de uniformes prometidos

Os contratos firmados pelo governo municipal, seguem gerando problemas. Após ser procurada por familiares de alunos da rede pública municipal, a vereadora Fernanda Garcia (PSOL) solicitou informações via requerimento sobre os kits de uniformes escolares comprados por mais de 92 milhões pela administração pública municipal. Em denúncias recebidas pela vereadora, poucas escolas teriam recebido os conjuntos e os uniformes ainda estariam incompletos e mal fabricados.

De acordo com o contrato firmado entre a Prefeitura de Sorocaba e a empresa ganhadora da licitação, os mais de 200 mil conjuntos seriam entregues no início do ano letivo, o que não ocorreu. “Diversas pessoas procuraram o mandato para reclamar que ainda não receberam os uniformes. Isso é um absurdo, pois estamos no segundo semestre”, manifestou a vereadora.

Sabendo do atraso no cronograma de entrega dos kits, Fernanda Garcia questionou, no mesmo documento, se a Secretaria de Educação tem um protocolo próprio de entregas e se as unidades escolares teriam de aguardar a entrega completa dos kits para haver o chamamento dos pais. “O prefeito foi irresponsável em diversos pontos nesta história: encheu os cidadãos de expectativas sempre com muitas promessas, executou uma licitação extremamente cara e duvidosa, frustrou a população e não prestou contas do atraso ou tomou qualquer atitude que responsabilize a empresa contratada”, lembrou a parlamentar.

A parlamentar também acolheu as denúncias sobre a falta de itens prometidos pela Prefeitura. “Contratos pagos com dinheiro público precisam ser cumpridos. Foram anunciados kits de uniformes, que além do conjunto de roupas, também teriam tênis e mochilas. Onde estão?”, questionou a vereadora que também é presidente da Comissão dos Direitos da Criança e Adolescente na Câmara.

A qualidade dos poucos uniformes entregues é mais uma reclamação recebida. “Medidas sem padrão, costuras, tecidos de má qualidade e acabamento de qualidade inferior. Todos os pais que conversei relataram as mesmas questões sobre os uniformes. Pelo preço, o mínimo esperado é um material com boa qualidade, mas a avaliação de todas as pessoas que trouxeram as denúncias é de que o material fornecido é desproporcional ao valor pago”, denuncia.

Fernanda relembra que já há uma representação no Ministério Público, e que seus questionamentos deverão ser enviados ao órgão para contribuir no inquérito. “O MP já foi acionado e trabalha no caso. Nossos questionamentos vem para trazer mais elementos à investigação. A prioridade é que a população seja atendida e os recursos públicos respeitados. Se constatarmos mais irregularidades, denunciaremos”, finalizou Fernanda Garcia.

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