Prefeitura é oficiada pela segunda vez por poluição decorrente da Festa Julina

A vereadora Fernanda Garcia (PSOL), autora das duas ações, desta vez denuncia a presença de papeis no lago, colocando em risco a vida dos animais

Pela segunda vez desde o início da Festa Julina Beneficente de Sorocaba, a vereadora Fernanda Garcia (PSOL) precisou oficiar a Prefeitura de Sorocaba por conta da poluição no Parque do Paço. Desta vez, o documento entregue nesta quinta-feira (28) solicita informações sobre a grande quantidade de papéis picados encontrados no lago no início da semana, colocando em risco os animais caso haja a ingestão dos materiais.

“Impossível que tenham ignorado aquela quantidade absurda de papéis. A água já tem apresentado uma cor mais avermelhada, o que já levantou um alerta ao mandato, agora isso. Infelizmente nenhuma garantia da prefeitura de proteção aos animais residentes do parque foram cumpridas e se contestarem, enviaremos amostras que coletamos”, manifestou a vereadora.

Fernanda Garcia diz ter ficado abismada com a quantidade de sujeira no lago e que ela, junto com a sua assessoria, registraram o ocorrido. “Existe uma barraca da Secretaria de Meio Ambiente, Proteção e Bem-estar Animal (SEMA) dentro do recinto da festa, mas estava vazia no momento que fomos até lá. Preparamos o ofício questionando as ações que serão feitas, pois se esse comportamento continuar no último final de semana da festa, infelizmente podemos ver a morte de animais. Estou chocada com o descaso das pastas responsáveis”, disse Fernanda.

A vereadora também indagou, via ofício, se a prefeitura tinha conhecimento de qual show poderia ter usado a “chuva de papel picado” como artifício cenográfico e, como o poder público se pronunciará diante disso junto à empresa responsável pela festa. “Foi extremamente importante nossa luta pelo fim do uso de fogos de artifício e agora temos que voltar a nossa atenção para outros poluentes. Esse fato colocou em risco muitas vidas silvestres e a qualidade da água, por isso solicitamos em conjunto uma avaliação da água e da saúde dos animais, mas o melhor era se houvesse o entendimento da causa a ponto de não precisar oficiar novamente”, garantiu a vereadora.

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