Vereadora de Sorocaba lembra que o abastecimento de água na cidade depende em 85% da represa que se aproxima de seu volume morto
Buscando fiscalizar de forma presencial a questão da crise hídrica que assola a região metropolitana, a vereadora de Sorocaba, Fernanda Garcia (PSOL) visitou as margens da Represa de Itupararanga, na cidade de Votorantim, no dia 26.
A vereadora, em um vídeo postado em suas redes sociais, mostra o baixo nível de água da represa que abastece oito cidades, sendo esta a responsável por 85% do fornecimento de água para a cidade de Sorocaba. “A tentativa de mascarar a crise que vivemos só piorará a situação em um futuro muito próximo. Sorocaba como sede metropolitana precisa tomar atitudes para que a situação seja amenizada”, disse a vereadora em entrevista.
Ainda durante o vídeo disponibilizado em suas redes sociais, a legisladora lembra que apesar de Sorocaba ser a cidade com o maior número de habitantes, e consequentemente a maior porcentagem de uso, todas as administrações municipais devem se unir. “Estou aqui mostrando a real situação do reservatório e cobro não somente o prefeito Rodrigo Manga e a direção do SAAE por meio do diretor Ronald Pereira mas de todos, precisamos de ações conjuntas de forma emergencial”, indicou a vereadora.
Problema antigo
De acordo com a vereadora, os alertas estão se arrastando durante todo 2021. “Desde o início do ano viemos discutindo este problema, trouxemos duas Audiências Públicas para a nossa cidade e, além disso, ingressei na Comissão de Recursos Hídricos no Parlamento Regional para trazermos ações efetivas de combate à crise, e mesmo assim a prefeitura tenta ‘tapar o sol com a peneira’ chamando coletivas de imprensa para anunciar possíveis ações ainda no próximo ano. É revoltante o nível que chegamos apenas pelo medo de perder likes e seguidores”, exclamou Fernanda.
Esta não é a primeira vez que as cidades abastecidas pela Itupararanga passam por dificuldades, em 2014, a cidade de Itu passou por um severo racionamento de água; agora a vereadora do PSOL lembra que o Comitê de Bacias do Médio Tietê tenta conter a crise e que já nos primeiros dias de 2022 acontecerá uma reunião para tratar novamente o tema. “É importantíssima a participação de representantes da Prefeitura, do SAAE, mas também da população nesta reunião, já que eles têm o papel primordial de cobrar ações públicas, além de auxiliar na economia”, alertou.