Com base em um requerimento de 2022, a demanda reprimida seria de 2.124 pacientes, com uma espera de 1 a 48 meses
A vereadora Fernanda Garcia (PSOL) protocolou um requerimento solicitando informações detalhadas à Prefeitura de Sorocaba sobre a demanda reprimida e o tempo de espera para a realização de próteses dentárias no município. Com base em um requerimento de 2022, a demanda reprimida para próteses dentárias seria de 2.124 pacientes, com tempos de espera que variavam de 1 a 48 meses, dependendo da prioridade.
Conforme Fernanda, o requerimento se deu após denúncia de munícipes que esperam há anos pela prótese. “São pessoas que sofrem com preconceito e sequer conseguem um emprego por ter uma aparência atípica. Saúde bucal não é um luxo, não é só estética, é uma situação que afeta a capacidade de se alimentarem corretamente”, afirmou a autora do requerimento.
No documento, a vereadora solicita esclarecimentos sobre diversos pontos, incluindo o perfil das pessoas que aguardam pelo procedimento, a demanda reprimida por cada Unidade Básica de Saúde (UBS), e o investimento necessário para zerar essa demanda. Além disso, ela questiona como se dá a compra dos insumos pela Secretaria da Saúde, quantos servidores atuam na colocação de próteses dentárias e quantos atendimentos são realizados por mês em cada unidade.
“A situação da saúde bucal em Sorocaba é alarmante. É inadmissível que tantas pessoas estejam esperando anos por um procedimento básico como a prótese dentária, que é fundamental para que possam se alimentar adequadamente e ter uma autoestima saudável. A Prefeitura precisa tomar medidas urgentes para resolver essa situação e garantir que todos tenham acesso ao tratamento que merecem”, criticou Fernanda.
A parlamentar também destacou que o orçamento destinado à Atenção Básica em Sorocaba, conforme a Lei 12.941 de 28 de dezembro de 2023, é de R$ 46.201.536,00. Este montante inclui os serviços odontológicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), porém, não há uma especificação detalhada de quanto desse valor é direcionado exclusivamente para a saúde bucal. A falta de clareza na alocação desses recursos dificulta a transparência e a eficácia na distribuição conforme as necessidades e prioridades locais.