Fernanda Garcia questiona irregularidades denunciadas na UPH Zona Norte

A vereadora recebeu informações de falta de pagamento de insalubridade à trabalhadores da área administrativa

Já não é novidade os problemas relacionados à terceirização de serviços públicos em Sorocaba, e, mais uma vez, denúncias levam o mandato da Vereadora Fernanda Garcia (PSOL) a requerer informações da Prefeitura de Sorocaba. Desta vez, a parlamentar procura saber a conduta da empresa Diretrizes junto aos trabalhadores da recepção da Unidade Pré- Hospitalar (UPH), na Zona Norte.

O questionamento, de acordo com a vereadora, é uma forma eficaz de fiscalizar o trabalho das empresas contratadas. “O mandato teve informações sobre possíveis irregularidades feitas pela administração da terceirizada, como o não pagamento do benefício da insalubridade. Procuro saber a veracidade da informação uma vez que, por um direito adquirido, os trabalhadores que trabalham em meio à riscos biológicos, são amparados pela Norma Regulamentadora 15 (NR-15) que garante o pagamento”, lembrou a vereadora.

Ainda no quesito insalubridade, Fernanda Garcia indagou a prefeitura sobre a falta de barreiras acrílicas de proteção aos recepcionistas da unidade de saúde. “Como citei anteriormente, essa classe de trabalhadores são os primeiros contatos com as pessoas que vêm à procura de atendimento, ou seja, estão expostos a agentes biológicos. A Diretrizes e a Prefeitura sabem disso, por isso nesse requerimento busco respostas de, porque isso vem sendo desrespeitado”, lembrou a parlamentar.

Somada a dúvida em relação ao pagamento da insalubridade, a vereadora questionou o número de pessoas na área administrativa, especialmente da recepção. “O número de trabalhadores é parte essencial para o bom andamento da unidade de saúde. Evita filas, estresse por parte dos pacientes e estafa dos trabalhadores”, disse a vereadora que, preocupa-se com a integridade dos trabalhadores, mas entende que ainda mais urgente seria a municipalização do atendimento à população.

Medicamentos

Outro problema no cotidiano da saúde em Sorocaba é ligado à medicamentos, mas desta vez não é pela falta, mas pela forma de distribuição na UPH Norte.

Fernanda relata que em conversas com a população, ela ficou chocada ao saber que a administração de remédios acontece pelos mesmos trabalhadores da área administrativa. “Questionei a Secretaria de Saúde (SES) se há algum documento que autorize essa demanda aos trabalhadores e em quais circunstâncias isso pode acontecer. Caso contrário, isto é uma denúncia gravíssima que precisa ser averiguada”, afirmou a vereadora membro da Comissão de Saúde na Câmara de Sorocaba.

“Mais uma vez a terceirização prova não ser a solução para os problemas no atendimento ao público de Sorocaba e todos vem perdendo. A população, por um serviço precarizado, os trabalhadores pela supressão de direitos e o poder público, pelo alto custo. ‘Sorocaba irá voar’ somente quando a prefeitura entender o seu papel e assumir a sua responsabilidade de gerir suas obrigações públicas”, criticou a vereadora.

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