Contabilizando apenas dois Centros de Referência em Assistência Social da zona norte, são 13 mil famílias atendidas
A vereadora Fernanda Garcia (PSOL) encaminhou, no início deste mês, um requerimento à Prefeitura de Sorocaba, solicitando informações sobre as tratativas de implantação de novos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) em Sorocaba. Para a vereadora, a implantação de um equipamento na zona norte da cidade deve ser prioridade.
No documento aprovado, a vereadora aponta a necessidade de implantação de um novo CRAS na região do bairro Maria Eugênia. A escolha do local se dá pela atual abrangência dos centros de referência na zona norte. “Hoje a abrangência do CRAS Vila Helena é de pelo menos 13 bairros e mais de cinco mil famílias. É necessário esse remanejamento, tendo como objetivo a qualidade no atendimento à população e bem-estar do servidor sobrecarregado”, explicou a vereadora.
Além do raio de atuação, o perfil populacional dos atendimentos na região da Vila Helena é considerado mais um critério para a criação do novo CRAS. “Existe um perfil de sócio-vulnerabilidade alto na região, com 35% das pessoas com renda per capita mensal de 89 reais, portanto é essencial um trabalho constante da vigilância socioassistencial que é dificultado pela quantidade de pessoas tendo como referência um único CRAS”, ponderou a parlamentar.
Laranjeiras
O mesmo dilema é vivido na região do CRAS Laranjeiras, alocado no CEU das Artes. De acordo com dados da vigilância socioassistencial recuperados no site da divisão, já em 2017, o setor do CRAS Laranjeiras seria responsável por uma população de 159 mil habitantes, número maior que o de moradores da cidade de Votorantim, de acordo com o site do IBGE.
“A Zona Norte é a região com maior densidade demográfica de nossa cidade e por isso é necessária esta segmentação no serviço de assistência social. É inviável as condições de trabalho em um raio de atuação tão grande, onde já existe a falta de servidores na pasta”, verificou Fernanda.
Além do problema de sobrecarga de trabalho, a vereadora fez duras críticas à desatenção do prefeito. “Se é inviável para os trabalhadores e ainda mais para a população. Como um cidadão em extrema vulnerabilidade social paga uma tarifa de ônibus? Por isso novamente eu aponto a prioridade na implantação de novos CRAS, caso contrário o poder público se torna também agente de vulnerabilidade”, finaliza a vereadora.
Com o envio da cobrança, a prefeitura tem o prazo de 30 dias para retornar os questionamentos da vereadora, que aguardará as informações para considerar novas ações como debater por meio de reuniões com a população.