Fernanda Garcia visita CAPS após denúncia de demissões e atrasos salariais

O mandato recebeu denúncias da população e de trabalhadores que estão com salários atrasados

Após denúncias recebidas em seu gabinete, a vereadora Fernanda Garcia (PSOL) visitou o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) “Viver em Liberdade”, no Jardim Prestes de Barros, nesta terça-feira (15). Lá, a legisladora conversou com pacientes, profissionais e fez questionamentos à diretoria da empresa terceirizada.

De acordo com a vereadora, a visita foi solicitada após relatos da dispensa de funcionários da unidade de forma abrupta, contudo, no local foi possível ver ainda mais irregularidades. “Quando chegamos, já nos deparamos com pacientes extremamente abalados, em prantos, com medo que a unidade não os atendesse, já que as demissões dá-se a entender uma possível interrupção no tratamento pela falta dos profissionais”, disse a vereadora.

Ainda na vistoria, a vereadora dialogou com os trabalhadores do local que disseram estar acuados após as demissões. “Os salários estão atrasados e as condições de trabalho estão incorretas. Isso é típico no esquema de trabalho tão defendido pelo governo anterior, e agora pelo prefeito Rodrigo Manga; a terceirização não oferece plano de carreira, salário digno, equipamentos de qualidade, estabilidade, enfim… O mínimo, por isso é tão lucrativo para os donos das empresas”, indica Fernanda. Por outro lado, a gestão do local, em reunião após a vistoria indica que não há atrasos ou retaliações.

Nesta questão ainda há a principal problemática: os pacientes. A vereadora encontrou pacientes em estado de crise, com a possibilidade de interrupção do tratamento, sendo esse mais um reflexo da instabilidade da terceirização na saúde de Sorocaba. “Quando há demissões nos centros de atendimento e cuidado à saúde mental, os pacientes sofrem uma violenta quebra de vínculos, prejudicando o tratamento do enfermo, com o retorno de crises por conta do afastamento do profissional ou até mesmo com a desistência no atendimento, pois a pessoa sabe que necessitará criar um novo vínculo que possivelmente será cortado novamente, isso é triste e o governo municipal negligencia a política antimanicomial”, explica Fernanda de forma triste.

Agora, a vereadora pretende visitar outros centros de saúde mental como os CAPS e as residências terapêuticas para ver se esta é uma realidade comum nos próprios da prefeitura e tomará as ações cabíveis entorno da causa.

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