Fernanda questiona prefeitura sobre projétil de fuzil utilizado para ameaçar o Conselho da Mulher

Uma cápsula de alto calibre foi encontrada dentro de um armário do CEREM, que seria destinado ao Conselho; ao invés de investigar caso, prefeitura abriu processo administrativo contra a entidade

No final de 2021, uma grave ameaça aconteceu no recinto da Prefeitura Municipal de Sorocaba e até agora nenhuma medida foi anunciada pelo atual governo: um projétil de fuzil foi colocado dentro do armário do Centro de Referência da Mulher (CEREM), alojado no espaço destinado ao Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM). Nesse sentido, a vereadora Fernanda Garcia (PSOL) oficiou a prefeitura para questionar quais medidas o governo municipal.

“Esse episódio é de extrema gravidade. Um armário que foi transportado até a sala do Conselho dos Direitos da Mulher, no CEREM, foi utilizado para fazer uma ameaça simbólica a entidade. O armário estava vazio, com uma cápsula de bala e um frasco de própolis dentro dele. Trata-se de uma nítida ameaça ao trabalho de denúncia e proteção das mulheres, feito pelas conselheiras. Uma ameaça para calar a voz do CMDM”, alerta Fernanda.

Mesmo com a abertura de Boletim de Ocorrência pela presidente do Conselho, Dra. Emanuela Barros, a prefeitura até agora não deu nenhum esclarecimento sobre que medidas está tomando.

“Estamos falando de um patrimônio público municipal, alojado dentro de um prédio público municipal, que foi utilizado como cena de um crime. O silêncio da prefeitura diante deste caso é gravíssimo”, avalia a vereadora, que ainda questiona a postura da prefeitura de abrir um Processo Administrativo contra o Conselho após a denúncia.

“Houve uma ameaça à vida das conselheiras naquele espaço. Além da prefeitura não se manifestar sobre o tema, eles fizeram o oposto: abriram uma acusação contra o Conselho. Estamos oficiando a Prefeitura, para que sejam esclarecidas quais medidas estão sendo tomadas, a identificação de patrimônio daquele armário, a informação sobre quem o transportou até o Cerem, bem como as possíveis imagens de segurança do local. Além disso queremos conhecer o teor deste processo administrativo aberto contra o CMDM. É inadmissível que o governo tente transformar as vítimas em investigadas. Isso sinaliza uma possível prevaricação diante do fato”, avalia Fernanda.

DEIXE SEU COMENTÁRIO