No último sábado (30), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) oficializou a candidatura da vereadora Fernanda Garcia à deputada federal. O nome da parlamentar foi homologado em convenção partidária, realizada na cidade de São Paulo.
Fernanda aponta que sua candidatura terá como objetivo a formação de uma bancada popular no Congresso Nacional, com o objetivo de reverter as medidas dos últimos anos que tiraram direitos históricos da população brasileira.
“Nossa geração tem uma tarefa histórica: além da necessidade de derrotar Bolsonaro e sua ameaça golpista, precisamos também mudar o Congresso Nacional. Nos últimos anos, a Câmara Federal foi cúmplice nos grandes ataques à população, como a retirada de direitos na aposentadoria, nos direitos trabalhistas, o corte no investimento público, o afrouxamento do código florestal e a da lei de terceirizações. Precisamos revogar essas medidas, em caráter de urgência”, explica.
Além disso, Fernanda também pontua que o Poder Legislativo não expressa a diversidade da população brasileira.
“A maioria da população brasileira é composta por mulheres, entretanto, quando olhamos para o parlamento, vemos uma maioria absoluta de homens. Nós somos quase 52% da população brasileira, mas, na Câmara Federal, apenas 15%. É essa hegemonia masculina no parlamento que reafirma o machismo institucional, que é insensível aos direitos da mulher. Minha candidatura se apresenta neste sentido, para também trazer representatividade e sensibilidade aos direitos minorias representativas, como as mulheres, a comunidade negra, as LGBTQIA+, os povos originários, pessoas com deficiência – entre outros segmentos excluídos da política”, reafirma.
Fernanda Garcia é moradora da zona norte de Sorocaba, tem 44 anos, é professora e atualmente exerce o seu segundo mandato de vereadora. Ela é fundadora do movimento feminista Rosa Lilás, atuou no Fórum Popular de Saúde e também foi dirigente sindical na Apeoesp, fazendo parte da coordenação da subsede de Sorocaba.
Além de inúmeros projetos aprovados na Câmara Municipal de Sorocaba, Fernanda também se destacou pelas investigações que culminaram com a cassação do ex-prefeito de Sorocaba, José Crespo – ao presidir a “CPI do Diploma Falso” e ser relatora na “CPI do Falso Voluntariado”. As duas Comissões Parlamentares de Inquérito expuseram irregularidades que levaram a cassação de Crespo.