Prefeitura enviou projeto para a Câmara que deixou de fora dezenas de categorias com salários defasados
Na última terça-feira, durante sessão extraordinária da Câmara Municipal de Sorocaba, a vereadora Fernanda Garcia (PSOL) fez duras críticas ao governo Rodrigo Manga (Republicanos) por excluir dezenas de categorias de servidores do projeto de reclassificação salarial. Para a vereadora, a ação do prefeito demonstra desrespeito às demais categorias de trabalhadores, que aguardam há anos a reclassificação.
“Foi muito importante o envio do projeto de reclassificação salarial dos auxiliares de administração, eles mereciam muito essa evolução salarial. Entretanto, a nossa surpresa ao ler o PL foi descobrir que o prefeito excluiu dezenas de outras categorias desta matéria. Diversos trabalhadores procuraram o nosso mandato, demonstrando indignação pela exclusão das suas categorias. O prefeito sinaliza descaso com estes profissionais, que trabalham arduamente no atendimento à população”, afirma.
Fernanda ainda relembra que em dezembro de 2021, durante a extinção do cargo de monitor do SAAE, ao cobrar a reclassificação salarial dos trabalhadores do serviço público, o governo havia prometido um novo plano de carreira para todos os servidores públicos para este ano.
“Os trabalhadores estão sendo enrolados pela prefeitura desde o ano passado com a promessa de um plano de carreira e a reclassificação salarial. De lá pra cá, já se passou mais um ano, e nada. Pelo contrário, a prefeitura criou cargos comissionados e concedeu um super aumento para o cargo de assessor do gabinete do prefeito, enquanto os trabalhadores que atendem a população não tiveram a reestruturação das suas carreiras”, cobra a vereadora.
Os cargos existentes na prefeitura são separados por “grupos ocupacionais”. Cada grupo possui cargos cujos salários são divididos por classes salariais. Entre as categorias que a vereadora destaca como prejudicadas pela defasagem salarial, estão, principalmente, os grupos administrativo e operacional, onde se concentram os cargos que recebem os menores salários da prefeitura.
“Apresentamos uma emenda ao projeto do prefeito para levantar o debate desta contradição, que excluiu motoristas, inspetores, entre outras categorias profissionais. Mesmo nossa emenda não indo a voto, por ‘vício de iniciativa’, ela contribuiu para acender o debate e pressionar a prefeitura, para que apresente o plano de carreira e a reestruturação dos cargos que foram prometidos pelos aliados do prefeito para chegarem à Câmara em fevereiro. Vamos cobrar incansavelmente”, promete a vereadora.