O dado foi obtido em requerimento enviado pela vereadora Fernanda Garcia (PSOL) no início deste mês
Sorocaba tem uma fila de 12.727 pacientes que aguardam uma consulta na especialidade de oftalmologia. Este dado obtido pela vereadora Fernanda Garcia (PSOL) no início deste mês, foi possível após envio de requerimento à Secretaria de Saúde em fevereiro, oito meses após a “live” da inauguração do mutirão oftalmológico, ocorrido em junho.
“É inadmissível o que ocorre com a saúde em Sorocaba. Nosso mandato se solidariza com as inúmeras denúncias e pedidos de ajuda recebidos diariamente, mas falta ação concreta da Prefeitura”, comentou a vereadora. Para ela, ocorre no município um desmonte da saúde pública, em especial, na área especializada.
A vereadora também recorda sobre os riscos da demora no atendimento na área oftalmológica. “São casos inúmeros de pessoas que estão completamente sem visão, aguardando uma cirurgia de catarata ou com as vidas duramente prejudicadas pela falta de lentes corretivas, algo tão simples e tem os casos extremos como os portadores de glaucoma onde o tratamento tardio perde a possibilidade de uma qualidade de vida maior. É revoltante o que ocorre nesta gestão”, expressou.
No requerimento respondido à vereadora, a Prefeitura de Sorocaba comenta, em tom de orgulho, o início de consultas por mérito de uma emenda parlamentar. “Não é o suficiente. É preciso que se prepare para uma ação contínua e de longo prazo para que se evite filas e a piora dos quadros clínicos. A Prefeitura terá este ano um orçamento de 4,5 bilhões, mas erra ao esperar somente de orçamentos externos e para tentar zerar uma fila que aumenta todos os dias”, disse Fernanda
Por fim, Fernanda denuncia a falta de prioridade da Prefeitura nas especialidades em saúde no município. “Com um orçamento desta magnitude e Sorocaba sendo sede da Região Metropolitana, nenhuma menção de um plano municipal permanente em saúde especializada, com servidores contratados e uma estrutura adequada, prova que a atual administração não coloca a prevenção em saúde como uma prioridade”, denuncia.